Ao ouvir essa frase, confesso que fiquei pensando bastante sobre ela e tentando entendê-la. Em muitos espaços de nossas vidas, nós buscamos a perfeição. Em muitos momentos, nós idealizamos alguém ou alguma situação e em poucos conseguimos aceitar o possível. Quando somos reais, muitas vezes, somos mais leves, vivemos momentos mais tranquilos, não colocamos tanto peso que o ideal, por exemplo, proporciona. Quando estamos em uma fase difícil, complexa, permitimos que o desespero tome conta e não olhamos o que é possível fazer, queremos ir além. Muitas vezes, fazer o possível é dar nosso melhor. Muitas vezes se respeitar, respeitar o nosso corpo, respeitar nossa cabeça é sermos os melhores. Contraditoriamente, eu sou uma grande idealista e tenho dificuldade de exercer esse movimento na minha vida. Mas, venho tentando, aos trancos, entender o que é possível; por nós ou pelo outro. Antigamente eu me martirizava o tempo todo se eu não podia estar presente no aniversário de alguma grande amiga, hoje, eu sigo fazendo esforço para estar, mas, entendo que quando não é possível, eu preciso me ouvir. Nossa sociedade tende a cada vez mais nos proporcionar sensações que sempre falta, que nunca é suficiente, gerando como consequência o excesso de cobranças e de doenças mentais que advém desse excesso. Mas, por que não analisar o contexto do que é possível? É um exercício diário, assim como quando vamos para academia para alcançar nossos objetivos naquele espaço, penso, por que não tentamos alcançar nossos objetivos com o que é possível em determinado momento no nosso espaço de tempo? É difícil e ninguém falou que seria fácil, mas, entre o ideal e o real existe o possível.
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