O processo, na maioria das vezes, é o mais importante. É como se fosse a construção para chegarmos ao pódio, para ganharmos o prêmio, para alcançarmos o ápice do nosso sucesso, para casarmos com o amor de nossas vidas. Sem o processo, a gente não chega. Mas, infelizmente, com tudo que vemos na sociedade, com todos os imediatismos nas relações, sejam elas de trabalho, de relacionamentos, de saúde, nós queremos o resultado. Nós temos ansiedade para chegar, nós temos dificuldades para esperar e isso é notório para mim por pequenos atos do dia a dia: quando vejo uma pessoa no ponto de ônibus com a perna sem parar de balançar porque possivelmente na cabeça dela está nervosa que o ônibus não chega porque ela precisa trabalhar e depois do trabalho ela pensa no tanto de coisa que ela tá fazendo e quando deita na cama a cabeça não descansa e ela acorda e volta tudo de novo Sim. Esse último parágrafo foi propositalmente sem vírgulas e pausas, porque é uma tentativa de representar a correria, ansiedade e aflição da urgência. Tudo é para ontem. O processo é o que nos faz humanos, porque é uma linha que não é reta, mas, também não é curva, ele não tem uma definição certa, porque nós somos únicos e temos processos únicos. A cada passo do processo, a cada momento de vitória e crescimento, temos dificuldade de olhar com acolhimento e amor, porque queremos o resultado (mas, ele é o menos importante). Gosto de dizer que a vida é um conjunto de processos. A vida são as pequenas partes que crescemos, nos desenvolvemos, aprendemos e erramos. O resultado tá ali, tá escrito, mas quantas lágrimas, dores, angústias, sorrisos, alegrias, raiva, decepções, amores apareceram para chegarmos a um determinado lugar (no mais amplo sentido da palavra).
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